segunda-feira, 7 de novembro de 2011

GRUPO IMPROVISE faz LOJA MÁGICA no ESPAÇO DAIMON


No próximo dia 10/11/2011, quinta-feira, às 20h30min, o Grupo Improvise estará no Espaço Daimon fazendo a Loja Mágica.

Na Loja Mágica o público é conduzido a fazer uma 'viagem' para efetuar uma troca de algo que não deseja mais por algo que necessita muito. Os desejos dos participantes são convertidos em objetos metaforicamente concretos para serem trocados.
 
 
 

Venha fazer esta viagem com o Grupo Improvise!!!



Serviço:

Data: 10/11/2011
Horário: 20:30h
Local: Espaço Daimon - Rua Havaí, 78, Sumaré - São Paulo
(clique aqui para ver o mapa)
Ingressos: R$ 15,00 (retirar com 1h de antecedência)

Espero vocês lá!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Grupo Improvise no CCSP

Oba!

Mais uma apresentação do Grupo Improvise no CCSP!!

Venha participar contando um conto, um causo, uma estória, uma emoção ...




SERVIÇO:

Grupo Improvise no CCSP
Local: CCSP - Rua Vergueiro, 1000.
Data: 05/11/2011 (sábado)
Horário: 10:30h
Entrada gratuita


Obs:
A organização do CCSP mudou a sala.
A apresentação ocorrerá no
Espaço Cênico Tarsila do Amaral no piso Caio Graco (subsolo)



Espero vocês lá!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Palestra "O PLANO NACIONAL DE CULTURA", por Dani Ribas

Palestra "O PLANO NACIONAL DE CULTURA"

por Daniela Ribas


Dia: 28.10.2011
Horário: 19:30h
Local: Faculdade Paulista de Artes
(Av. Brigadeiro Luis Antonio, 1224 - Bela Vista, São Paulo - SP)




segunda-feira, 18 de julho de 2011

Oficina de Elaboração de Projetos Culturais


Olá a tod@s!!

O post de hoje se refere a uma oportunidade imperdível para artistas e produtores culturais.

Dia21 de Julho de 2011 (quinta-feira próxima) o Fórum Permanente de Cultura de São Roque vai promover uma Oficina de Elaboração de Projetos Culturais. A Oficina será oferecida gratuitamente para todos os interessados, e será realizada no Plenário da Câmara Municipal de São Roque (SP) às 14h.

O objetivo da Oficina é apresentar como funcionam os mecanismos de incentivo à cultura (principalmente os Editais), e quais são os passos necessários para a elaboração de um projeto cultural para pleitear os incentivos oferecidos pelos Editais. Em outras palavras, a Oficina vai oferecer ferramentas para o artista ou produtor cultural elaborar um projeto para concorrer aos Editais de Cultura.

“Queremos contribuir para que os profissionais da cultura da cidade possam ter mais autonomia e vislumbrem novas oportunidades para seus projetos. Vamos falar das leis, dos editais, dos itens necessários para a construção de um projeto cultural e dar a toda a orientação para que esses profissionais possam produzir seu próprio projeto no final da oficina”, afirmam os organizadores.

Numa primeira etapa da Oficina, serão apresentadas as principais formas de Incentivo à Cultura (especialmente os Editais). Em seguida, serão apresentados e debatidos os itens obrigatórios de um projeto Cultural. Após a explanação, os participantes poderão esboçar as linhas de seu próprio projeto sob a supervisão dos expositores. Tal dinâmica visa não só oferecer os instrumentos para a elaboração de um Projeto, como também propiciar a utilização prática de tais conhecimentos.

“Essa dinâmica possibilitará que os participantes coloquem a ‘mão na massa’imediatamente, contando ainda com a ajuda e a supervisão de pessoas mais experientes no assunto”, afirmam os organizadores.

AOficina de Elaboração de Projetos Culturais será ministrada por mim, Dani Ribas, e mediada por Mário Barroso.

Dani Ribasé graduada em História pela Unesp-Franca (1998), e concluiu as especializações em Mestrado (2003) e Doutorado (2011) em Sociologia na Unicamp. Dani Ribas trabalha com pesquisas na área de Sociologia da Cultura, especificamente sobre mercado musical. Também é produtora musical, e atualmente produz as apresentações do Grupo Improvise (do qual faz parte) e os shows da cantora Marcia Terra.

Mário Barroso, músico e jornalista, que trabalha com a Elaboração de Projetos Culturais há alguns anos, tendo projetos aprovados pela Lei Rouanet e pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo -Proac (ICMS).

AOficina de Elaboração de Projetos Culturais é mais uma iniciativado Fórum Permanente de Cultura de São Roque no sentido de fomentar a atividade cultural no município. A Oficina conta com o apoio da Câmara Municipal de São Roque, que gentilmente cedeu o espaço para a sua realização.

Para obter maiores informações e fazer a pré-inscrição para a Oficina, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail: forumculturalsr@hotmail.com ou pelo telefone (11) 9898-2101.

Veja outras publicações semelhantes em:
Blog Cultura Interior
http://grupoculturainterior.blogspot.com/2011/07/forum-permanente-de-cultura-oferece.html)

Jornal da Economia


SERVIÇO:

Oficina de Elaboração de Projetos Culturais
(por Dani Ribas e Mario Barroso)

Realização: Fórum Permanente de Cultura de São Roque
Apoio: Câmara Municipal de São Roque

Data: 21 de julho de 2011 (quarta-feira)
Horário: 14h
Local: Câmara Municipal de São Roque
Endereço: Rua São Paulo, n. 355, São Roque - SP (clique aqui para visualizar)

Pré-inscrições: forumculturalsr@hotmail.com ou (11) 9898-2101.





Espero vocês lá!!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Recanto - o novo show de Marcia Terra





Olá a tod@s!!



Gostaria de convidá-los para mais um show de Marcia Terra. Dessa vez, o show se chama Recanto.



O repertório, escolhido a dedo pela intérprete, traz algumas de suas canções preferidas. "Foi difícil escolher dentre tantas jóias que temos na MPB, mas acabei chegando a uma seleção que traz músicas que eu adoro cantar, que eu canto e recanto sem cansar", brinca Marcia Terra. Daí o nome do show: "Recanto", que ainda dá a idéia de um lugar agradável, que conforta e acalanta - como o canto de Marcia Terra.

Nessa seleção, constam nomes consagrados da MPB, e também expoentes das novas gerações. O acompanhamento de Marcos Costa ao violão valoriza ainda mais o canto afinado de Marcia Terra.
 
 
 
 
Produção: Dani Ribas




SERVIÇO:

"Recanto" por Marcia Terra

Quando: 09/07/2011
Horário: 21:30h
Onde: Lua Nova Bar - Rua 13 de Maio, 540, Bixiga (clique para ver como chegar)
Quanto: R$ 10,00




Espero vocês lá!!!


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Grupo Improvise no CCSP!!!

Olá a tod@s!!!

É com muita alegria que convido a tod@s para mais uma apresentação do Grupo Improvise no CCSP!!


A apresentação será no próximo sábado, dia 28/05 às 10:30h!!!
E o melhor: a entrada é gratuita!
Leve seus amigos e sua família para uma experiência fantástica!



EQUIPE:
Direção: Rosane Rodrigues
Elenco: Beatriz Petrilli, Eduardo Coutinho, Gisele Jorgetti, Janaína Barea, Luciana Souza, Ricardo Lemos, Rina Nemenz
Música: Alexandre Aguiar (direção musical); Dani Ribas (produção musical)



SOBRE O GRUPO IMPROVISE:
O Grupo Improvise apresenta um espetáculo teatral interativo, com muito senso de humor, improviso e profissionalismo, que conta com a participação voluntária da platéia.

Uma equipe formada por atores, músicos e diretor realiza, com o auxílio espontâneo da platéia, uma intervenção com qualidades estéticas de sofisticada resolução cênica. O diretor convida voluntários, chamados de narradores, que relatam cenas passadas de suas vidas, as quais são cantadas pelos músicos e teatralizadas por um elenco preparado de atores.

É uma forma inovadora e versátil de improvisação teatral, sem texto prévio ou ensaiado. Proporciona às pessoas e grupos oportunidades de ampliar seus canais de percepção sobre as situações do cotidiano.
E se fosse possível reviver esses momentos? E se a gente pudesse assistir ao que viveu tal qual um espectador assiste a uma peça de teatro?

Qualquer grupo de pessoas se envolve bem com o espetáculo, desde o chão de fábrica ao corpo gerencial e diretivo; desde pessoas com algum tipo de dificuldade a platéias muito exigentes; de pequenos a grandes grupos.



COMO É?
A intervenção, que dura aproximadamente 2 horas, acontece em três etapas:
Primeira etapa: aquecimento Um tema é sugerido pelo diretor para induzir a platéia a recordar cenas vividas. São utilizadas variadas técnicas e jogos que aquecem o diálogo entre representação e platéia. Entra aqui uma das técnicas clássicas do Playback Theatre - as Esculturas Fluidas.
Segunda etapa: montagem/apresentação de cenasCenas relatadas de forma espontânea pela platéia são representadas pelos atores, aprofundando o tema proposto. As músicas tocadas e cantadas ilustram este tema e mantêm a emoção do grupo. O narrador assiste a encenação do melhor local da platéia. O público, além de assistir à cena, acompanha o narrador assistindo à sua cena. Esta é a etapa principal, mais emocionante e mágica da intervenção.
Terceira etapa: compartilhamento O diretor conduz um compartilhamento de emoções e de cenas recordadas e não encenadas. O resultado cênico é representativo tanto do ponto de vista do narrador, quanto do grupo/platéia presente. Neste momento, então, é importante mostrar esta representatividade por meio dos comentários de pessoas que recordaram cenas que não foram apresentadas no palco. Ao final, o diretor faz uma reflexão sobre as histórias encenadas e as narradas, conscientizando e enriquecendo uma discussão sobre o tema.


PARA MAIORES INFORMAÇÕES, ACESSE:

CONTATO:
contato@grupoimprovise.com.br


NAS REDES SOCIAIS:
Facebook: procure por Grupo Improvise

Twitter: http://twitter.com/grupoimprovise


Sobre o Psicodrama Público no CCSP, acesse:
http://www.centrocultural.sp.gov.br/programacao_cursoseoficinas_psicodrama.asp



SERVIÇO:
Data: 28/05/2011
Horário: 10:30h
Local: Sala Adoniran Barbosa, no CCSP
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 - Metrô Vergueiro (clique aqui para ver Como Chegar)
Entrada gratuita.


ESPERO VOCÊS LÁ!!!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Músicos de São Roque vencem a primeira batalha!


Olá a tod@s!

O post de hoje se refere ao Protesto dos Músicos de São Roque, a "Serenata ao Prefeito", realizada em São Roque em fevereiro de 2011. Nessa ocasião, os músicos reivindicaram a alteração das leis do município que regulamentam a atividade musical noturna na cidade de São Roque. Para ver o teor das reivindicações, clique aqui.

A mobilização dos músicos foi capaz não só de suscitar a discussão dentre a população, como levar o assunto à Câmara dos Vereadores - que aprovou as alterações solicitadas pelos músicos com o apoio da sociedade. Agora, cabe ao prefeito sancionar a lei.


MOBILIZAÇÃO É O CAMINHO!!!!

Reproduzo abaixo a matéria publicada no blog "Cultura Interior":
http://grupoculturainterior.blogspot.com/

(texto de Mário Barroso - músico e jornalista), que explica em detalhes o processo:


Esta semana os vereadores de São Roque/SP aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei nº26-L, de autoria do Vereador Rodrigo Nunes, que dispõe sobre as alterações das Leis municipais para solucionar a questão da Música Ao Vivo na cidade.

O projeto em tramitação consiste em alterar a redação das Leis nº 1.852/1990, nº 2.724/2002 e nº 3.372/2009. “Não queremos que a cidade vire bagunça, apenas estamos sugerindo mudanças nas Leis para que os músicos possam voltar a trabalhar, para que a população tenha mais opções de entretenimento e lazer, como também os turistas que visitam a nossa cidade”, afirmou o Vereador Rodrigo Nunes, que levou as reivindicações dos músicos e proprietários de bares e restaurantes até a Câmara Municipal, propondo as alterações das Leis em parceria com os mesmos.

“Dependemos apenas que o Prefeito compartilhe a opinião de todos os vereadores, do Conselho de Segurança, da Polícia Militar e até mesmo do seu partido político e sancione o projeto de Lei, pois todos estes setores são a favor das mudanças. Também gostaria de frisar a importância do executivo fiscalizar de forma correta os bares e restaurantes após a publicação da Lei, conforme está previsto, para evitar excessos que prejudiquem a população”, afirma o Vereador.

Agora, os músicos estão com uma campanha pela internet intitulada “Sanciona Prefeito”, mais uma forma bem humorada e pacífica de cobrar que o Prefeito sancione o projeto de Lei.


Para participar, acesse o Facebook e clique em ‘curtir’ os links que abordam esse assunto, bem como, copie, cole e divulgue
o texto #sancionaprefeito no twitter.


Assista a matéria exibida na TV TEM:http://tn.temmais.com/noticia/5/40804/musicos_poderao_voltar_a_tocar_bares_de_sao_roque.htm


Matéria publicada no blog "Cultura Interior":
http://grupoculturainterior.blogspot.com/

segunda-feira, 28 de março de 2011

APRESENTAÇÃO EM COMEMORAÇÃO AO EVENTO OFICIAL DE NASCIMENTO DO PSICODRAMA. UMA PARCERIA DPSEDES E GRUPO IMPROVISE.



Local: Instituto Sedes Sapientiae.
Endereço: Rua Ministro Godói, 1484. Perdizes, São Paulo, SP
(Para ver no mapa, clique aqui)
Data: sexta-feira, 1 de abril de 2011

Horário: 20:30h.


Esse evento é parte da programação das Comemorações de 10 anos do Grupo Improvise!
Aguardem mais novidades.

Visite também: www.grupoimprovise.com.br

quarta-feira, 2 de março de 2011

MinC e a reforma na Lei de Direito Autoral

Olá a tod@s!



A nova Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, já iniciou sua gestão dando um passo atrás: nomeou a advogada Marcia Regina Barbosa para a Diretoria de Direitos Intelectuais (DDI) do Ministério da Cultura.

Leia a matéria que anunciou tal nomeação clicando aqui.

Mas o que isso significa?

O nome de Marcia Regina Barbosa teria sido indicado por Hildebrando Pontes Neto, ex-presidente do Conselho Nacional de Direito Autoral (CNDA), órgão que regulou o setor entre 1973 e 1990, até ser extinto. Após deixar o governo, ele vem advogando em mais de cem processos para o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais, o ECAD.

Portanto, a ministra Ana de Hollanda afastou Marcos Souza (titular da DDI desde sua criação, em 2009, e principal coordenador da revisão da Lei de Direitos Autorais), para nomear Marcia Regina Barbosa, advogada da Consultoria-Geral da União ligada aos interesses do ECAD. Com isso, o MinC se posiciona contra a Reforma da Lei de Direitos Autorais, que era um dos principais pontos defendidos pela política cultural do governo Lula.

Mas a que serve essa reorientação na política cultural?

Em primeiro lugar, deve-se pontuar algumas questões ligadas ao ECAD.
O ECAD é uma instituição que conglomera associações de compositores e músicos, e faz sozinha a arrecadação e a distribuição de direitos autorais. Por exemplo: se eu sou uma intérprete e quero fazer um show em homenagem a um determinado compositor, eu devo, antes mesmo da realização do show, listar o repertório a ser executado e pagar ao ECAD os direitos do autor de cada música. Geralmente, o ECAD fica com cerca de 10% da arrecadação total do show. Contudo, nada garante que o ECAD repasse tais direitos ao autor, que geralmente nem fica sabedo da utilização de sua obra. NÃO HÁ MECANISMOS DE VERIFICAÇÃO DA ARRECADAÇÃO, E PORTANTO, NÃO HÁ COMO FISCALIZAR O REPASSE AOS COMPOSITORES. O mesmo ocorre com a prográmação veiculada pelo rádio, pela TV, e outros meios de circulação.

O ECAD já foi inclusive investigado por suspeitas de fraude no repasse dos direitos. A possibilidade de haver fraude é grande, pois o ECAD MONOPOLIZA A ARRECADAÇÃO E A DISTRIBUIÇÃO DE DIREITOS. NÃO HÁ TRANSPARÊNCIA NOS PROCEDIMENTOS, TAMPOUCO HÁ POSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DA ARRECADAÇÃO POR PARTE DOS ARTISTAS. Portanto, a instituição que, em tese, defenderia o direito autoral dos artistas, atua exatamente como a indústria fonográfica: sonega informação para ficar com a fatia do bolo que seria do artista por direito.

O ECAD, para continuar monopolizando a arrecadação e distribuição de direitos, se posiciona contra o Creative Commons (CC) e contra qualquer tentativa de regulamentação das ações do escritório.

Por esses motivos, o ECAD se posicionou contra à Reforma da Lei de Direitos Autorais, tida pela maior parte da classe artística como um avanço.

A Reforma da Lei de Direitos Autorais, entre outras coisas, tentava adequar a atual lentidão na autorização de uso de obras artísticas na internet às demandas dos novos tempos através do Creative Commons (CC). Para entender melhor como funciona o CC, clique aqui.



A reforma da Lei do Direito Autoral (a 9.610, de fevereiro de 1998) começou a ser debatida em 2004. Em 2007, o então ministro da Cultura Gilberto Gil lançou o Fórum Nacional de Direito Autoral, cujo objetivo era discutir com a sociedade a necessidade de se revisar a Lei. O governo promoveu oito seminários nacionais, um internacional e mais de 80 reuniões, e a reforma era vista como prioridade tanto por Gil quanto por Juca Ferreira, ministro de julho de 2008 até o fim do ano passado.
De 14 de junho e 31 de agosto de 2010, o projeto foi posto em consulta pública, onde pôde receber sugestões de interessados. Mais de oito mil ideias foram analisadas pela DDI e discutidas pelo Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual, antes que uma proposta fosse enviada para apreciação da Casa Civil.

Pois bem. Diante disso, algumas questões saltam aos olhos.

ECAD é tão anacrônico quanto as primeiras sociedades autorais, que em plena época do fonograma só reconheciam as partituras como geradoras de direitos autorais, além de só repassarem os direitos aos autores associados (e não a todos os autores que teriam direitos a receber). Não reconhecer o Creative Commons (CC) como gerador de direitos é o mesmo erro. O ECAD não reconhece o CC porque tal licença retira do ECAD o monopólio sobre a arrecadação e distribuição de direitos, já que os artistas pré-autorizariam alguns usos de sua obra na internet e receberiam os direitos arrecadados direto do usuário, sem a intermediação do ECAD.

Portanto, O ECAD É PARTE INTERESSADA, E NÃO PODE TER REPRESENTANTES SEUS EM CARGOS COMO O DE DDI.
 
Mesmo que não se concorde com a política do MinC nos últimos anos (há diversas falhas, sabemos), deve-se reconhecer o avanço em algumas discussões. O próprio processo de consulta pública sobre a mudança da lei de direitos autorais já é um avanço se considerarmos as políticas anteriores.
 
Então, é claro que o MinC NÃO PODE DESCONSIDERAR O DEBATE E A CONSULTA PÚBLICA OCORRIDOS NA GESTÃO ANTERIOR, OU SEJA, O MINC NÃO PODE NOMEAR UM REPRESENTANTE DO RETRÓGRADO ECAD PARA O CARGO.
 
Contudo, mesmo com uma consulta aparentemente democrática (eu disse aparentemente, pois o acesso à discussão não é democrático), a classe artística parece não ter percebido que algumas das posições defendidas por alguns segmentos dentro da classe dos músicos (como criticar o CC) podem servir muito bem aos interesses do ECAD e da indústria fonográfica, já que perpetua o ECAD como único intermediário entre o artista e os direitos autorais provenientes de sua obra.
 
Os músicos devem defender seus interesses levando em conta que existem interesses por parte da indústria fonográfica, que se utiliza de depoimentos de músicos de peso (como Caetano Veloso, contra o CC) para defender o mercado analógico sem mp3, quando a indústria fonográfica não repassava os royalties para os artistas de maneira compatível com a circulação das obras.
 
 
Pode-se ver que a questão é complexa. Mas o que é mais absurdo é o MinC ignorar os debates sobre a Reforma da Lei dos Direitos Autorais e as demandas da classe artística em favor dos interesses do ECAD e das indústrias da cultura. Isso é uma arbitrariedade que deve ser denunciada com toda a força.
 
Além disso, a classe artística deveria levar em consideração que algumas das posições assumidas por alguns segmentos dos músicos (especialmente os mais bem estabelecidos no mercado) contribuem para a não autonomia econômica dos músicos com menos inserção mercadológica, já que eles iriam continuar dependendo do ECAD e da indústria fonográfica para receberem seus direitos, sem a possibilidade de eles mesmos, através do CC, gerirem a arrecadação dos direitos gerados a partir do uso de suas obras.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SERENATA AO PREFEITO DE SÃO ROQUE - Diversão e arte para qualquer parte

Olá a tod@s!!


O post de hoje se refere a uma série de acontecimentos que vêm agitando a cena cultural de São Roque (SP), cidade onde me criei e tive meu primeiro contato com a música.

No post anterior, falei sobre o Fórum e o Conselho Municipal de Cultura, que estão sendo implementados em São Roque graças à iniciativa de alguns músicos em instituir o que o Plano Nacional de Cultura determina para todos os municípios do país. Falei também do Trama Cultural, espécie de sarau cujo objetivo é divulgar o Fórum e chamar os interessados para as discussões.

Pois bem ... diante da organização da classe artística, parece que a Prefeitura da Estância Turística de São Roque resolveu se posicionar: ao invés de apoiar a iniciativa popular (legítima e prevista em lei) de fazer parte do processo decisório das políticas públicas na área da cultura, a Prefeitura resolveu retaliar a classe artística, especialmente os músicos.

Nos últimos dias, vários bares com música ao vivo foram multados pela Prefeitura. O motivo seria justamente a música ao vivo. Alguns tiveram que fechar as portas, e outros, com medo das multas, não apresentam mais música ao vivo. Resultado: queda no movimento, e consequente fechamento dos bares. Resultado ainda pior: desemprego de músicos, garçons, cozinheiros, bar men, seguranças, etc.

Na verdade, as multas começaram a ser aplicadas em Agosto de 2010, exatamente quando se deu início a movimentação para que fossem criados o Fórum e o Conselho Municipal de Cultura, que tira das mãos do Prefeito e coloca nas mãos de um conselho qualificado a gestão da vida cultural de São Roque. Que coincidência, não? rsrsrs

O histórico das multas foi descrito pelo blog "Cultura Interior", com texto do músico e jornalista Mário Barroso, que reproduzo ao final do post.

Por parte dos músicos, houve diversas tentativas de negociação com a Prefeitura, que, por sua vez, negligenciou totalmente as demandas e pedidos dos músicos e donos de bares/restaurantes. O Prefeito não honrou nem os próprios compromissos firmados por ele com os músicos!!! Isso evidencia não só o descaso com os músicos e com a cultura, mas uma completa falta de ética profissional.

Há aí uma incoerência: se São Roque é uma Estância Turística (e recebe dinheiro do Governo Federal para investir em Turismo), porque o Prefeito não adequa a lei existente às demandas de uma cidade turística?
Dito de outra forma: se o turista frequenta bares e a música agrega valor ao produto turístico, porque o prefeito dificulta a realização da música ao vivo?

A lei que regulamenta a atividade musical em bares dispõe que os estabelecimentos só podem ter música ao vivo se tiverem isolamento acústico equivalente ao de um estúdio profissional (que custa pelo menos 100 mil reais), e até as 22h.


Os estabelecimentos noturnos de São Roque (cidade com pouco mais de 68 mil habitantes) não podem arcar com tal investimento, pois seu faturamento não se equivale aos dos bares de São Paulo, por exemplo.


Diante desse impasse, os músicos sugerem que se inclua na lei:
  • nos bares em que não há isolamento acústico, estabelecer um limite de decibéis (que não atrapalhe os moradores nem tire o emprego dos músicos). Se esse limite não for cumprido, aí sim os bares poderão ser multados - e as multas deverão ser feitas pessoalmente pelos fiscais e com medição dos ruídos (e não mais pelo correio);
  • nos fins de semana, que o horário para a música ao vivo seja extendido para 1h da manhã.

ISSO IRIA ADEQUAR A LEI EXISTENTE ÀS NECESSIDADES DE UMA CIDADE TURÍSTICA, ALÉM DE FAZER A MANUTENÇÃO DOS EMPREGOS E DA CADEIA PRODUTIVA JÁ EXISTENTES.

E isso não é uma demanda individual por parte dos músicos e donos de bares. É uma questão que envolve o desenvolvimento econômico de uma cidade, e portanto, é uma QUESTÃO COLETIVA!

Diante desse impasse, os músicos organizaram um protesto pacífico contra as arbitrariedades que vêm sendo aplicadas contra a produção cultural da cidade - a "SERENATA AO PREFEITO". Os músicos se manifestaram NÃO SÓ PROTESTANDO MAS TAMBÉM PROPONDO ALTERNATIVAS VIÁVEIS!


E nesse caso, protestar foi muito agradável: muita música na Praça da Matriz (a praça central da cidade)! Músicos de diversos estilos tocaram juntos e compartilharam seus repertórios! Foi, sem dúvida, uma festa pública , coletiva, integradora, democrática e pacífica! O próprio nome diz muito da natureza bem-humorada do protesto.
Muitas parcerias certamente surgirão desse encontro, incrementando a produção cultural da cidade - que aliás, sempre foi grande.


Contudo, os músicos ainda têm questões às autoridades: por que motivos a publicidade política em carros de som,  e os shows ao ar livre (como os da Festa de Agosto - aniversário da cidade - e outros eventos de grande porte) são absolutamente permitidos, e a atividade musical não? Porque a cidade NÃO TEM POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À CULTURA?



NÃO SE TRATA APENAS DE UMA QUESTÃO DE BARULHO.
HÁ UMA PRODUÇÃO CULTURAL QUE VEM SENDO DESPREZADA.

OS MÚSICOS - TRABALHADORES COMO QUAISQUER OUTROS - VÊM SENDO TRATADOS COMO FORAS-DA-LEI, COMO MARGINAIS.

OS INTERESSES POLÍTICOS E PARTICULARES DE ALGUNS GRUPOS ENCASTELADOS NO PODER ESTÃO BRECANDO O DESENVOLVIMENTO DO POTENCIAL TURÍSTICO DA CIDADE.

AS CAUSAS PARTICULARES DOS POLÍTICOS ESTÃO SE SOBREPONDO ÀS CAUSAS COLETIVAS, QUE PARTEM LEGITIMAMENTE DA SOCIEDADE ORGANIZADA.


A seguir, alguns LINKS com a repercussão do ato SERENATA AO PREFEITO

Para um vídeo mais detalhado, ver reportagem em vídeo TV Tem – Sorocaba (afiliada Rede Globo) http://tn.temmais.com/noticia/5/37444/musicos_saem_as_ruas_de_sao_roque_com_instrumentos_de_trabalho.htm
(Neste vídeo, reparem o advogado se confundindo ao dizer que "os interesses dos comerciantes e músicos são individuais". Só dando risada ...)

Para um vídeo mais divertido, ver Reportagem em vídeo G1 (Globo) http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1443664-7823-MUSICOS+PROTESTAM+CONTRA+LEI+DO+SILENCIO+EM+SAO+ROQUE+SP,00.html

Para um vídeo postado no Facebook, ver vídeo by Jornal Internê Ligado: http://www.facebook.com/video/video.php?v=1840520061311

Para ver a divulgação do "Serenata ao Prefeito", ver Matéria Rede Bom Dia:
http://web-srv04.redebomdia.com.br/Noticias/Viva/46235/Musicos+e+comerciantes+fazem+protesto+contra+proibicao+de+musica+nos+bares



CONFIRA ALGUMAS FOTOS:
Músicos na prefeitura


Protesto na Prefeitura


O músico Mário Barroso em conversação com o vice-prefeito, que garantiu uma resposta até terça-feira dia 01/03/2011


Após a marcha pela cidade, SERENATA AO PREFEITO na Praça da Matriz: um protesto PACÍFICO E DEMOCRÁTICO


Músicos de diversos estilos tocando juntos: demonstra a união e a organização da classe artística, além do espírito democrático e bem-humorado do protesto







Músicos de todas as idades apóiam a causa


O que seria da Música Popular Basileira se todos os prefeitos proibissem música ao vivo?


Beto Balada (violão)  e Dani Ribas (gaita)










(A seguir, textos do blog "Cultura Interior", de autoria do músico e jornalista Mário Barroso)

Prefeito proíbe Música ao Vivo em São Roque
Desde agosto de 2010 a Prefeitura começou a tomar medidas arbitrárias, multando bares e restaurantes que colocavam música ao vivo em suas dependências. É importante frisar que as multas eram aplicadas sem os fiscais sequer medirem os decibéis e muitas vezes os fiscais levavam a multa nos dias seguintes dos acontecimentos, sem notificar o estabelecimento e sem qualquer justificativa.
Em novembro de 2010 músicos e proprietários de bares e restaurantes se organizaram na Associação Comercial, com o apoio do presidente Antonio Di Girolamo, para discutir como fazer a Prefeitura entender que com as duras medidas tomadas bares iriam fechar, músicos ficariam impedidos de exercer sua atividade e o movimento noturno de entretenimento na cidade iria cair bruscamente. Na ocasião, foram eleitos representantes para conversar com o Prefeito, o vereador Rodrigo Nunes, o músico Edson D'aísa e a comerciante Sônia, levando ofícios da Câmara Municipal e Associação Comercial apoiando a iniciativa dos músicos, visando solucionar a questão da melhor maneira possível.
Após uma reunião no prédio do Planejamento na Prefeitura de São Roque, ficou acertado com o então Diretor de Planejamento, Advogado e Fiscais da Prefeitura, que poderia ser feita uma adequação na Lei que dispõe sobre a atividade noturna da cidade.
Os representantes tiveram apoio dos vereadores Rodrigo Nunes, João Paulo e Milton Cavalcanti, os quais colocaram a Câmara Municipal à disposição para buscar Leis de outros municípios turísticos para adequar a atividade noturna da cidade.
Logo após, o vereador Rodrigo Nunes protocolou na Prefeitura a proposta de emenda em Novembro de 2010. A Prefeitura informou que tomaria as providências em um prazo de um mês, mas até agora nada foi feito, absolutamente nada!
De lá pra cá três estabelecimentos fecharam as portas, os bares Camaleão, Cappadocia e o clube Palhoça. Parece pouco, mas para uma cidade como São Roque, carente nesse tipo de atividade, isso é muito impactante. Os proprietários alegam que foi determinante a questão do impedimento de som ao vivo para a queda nos rendimentos e consequente fechamento dos estabelecimentos.
Ou seja, com essa atitude a Prefeitura contribui com o desemprego, a falta de entretenimento para o público local e turistas, trazendo um impacto negativo para comerciantes, músicos e para a economia da cidade como um todo.
É importante frisar que a maioria dos músicos da cidade vivem exclusivamente de sua profissão, têm família, filhos, sendo os principais prejudicados com essa situação. Sem contar que a Prefeitura não possui uma agenda regular de eventos que ofereça mais oportunidade de trabalho para os mesmos. Além disso, São Roque é uma das cidades com mais alunos inscritos no Conservatório de Tatuí e possui inúmeros músicos de destaque no cenário regional, nacional e internacional.
"Nós queremos trabalhar! É inadmissível ter que mendigar ao Prefeito para que ele dê condições de exercermos nossa profissão. Nos sentimos marginalizados! Esse descaso está prejudicando nossas famílias e fazendo com que tenhamos que sair de São Roque em busca de oportunidade. Nós estamos agindo com bom senso, ao contrário da Prefeitura, estamos organizados, temos o apoio da Câmara dos Vereadores, da Associação Comercial e do público que nos prestigia. Merecemos o devido respeito!", afirmam os representantes dos músicos locais.



 
Serenata ao prefeito – protesto pacífico em São Roque/SP
Quarta-feira desta semana músicos de São Roque/SP organizaram um protesto pacífico intitulado "Serenata ao Prefeito", para exigir mudanças na Lei do Silêncio. Cerca de 30 pessoas participaram, entre músicos, proprietários de estabelecimentos e população em geral.
Após uma passeata da Prefeitura até a Praça da Matriz da cidade, a população abraçou o movimento, participou cantando, aplaudindo e fazendo um abaixo-assinado (mais de 200 assinaturas) apoiando a iniciativa.
Durante cerca de 2 horas músicos dos mais variados estilos tocaram em praça pública reivindicando a alteração nas três leis que regulamentam a realização de eventos com música ao vivo, som eletrônico, entre outros, na cidade.
"Nós queremos apenas que sejam feitas emendas nas leis permitindo que bares, restaurantes e similares, que não possuam isolamento acústico, possam trabalhar com música ao vivo, dentro de um limite de horário e volume. Enquanto o Prefeito não alterar as leis o movimento irá continuar, cada vez mais forte, contando com o apoio da Associação Comercial de São Roque, da Câmara Municipal, da imprensa de toda a região e de todo o país, bem como, do público que nos prestigia", afirmam os representantes.
“Outra questão que me preocupa é que analisando a legislação pude perceber que a maioria das leis municipais, tanto de capitais como do interior, que regulamentam a emissão de ruídos, no artigo que trata das exceções, ou seja, do que é permitido por Lei, aparece sempre como primeiro item a permissão de som volante e carros com auto-falantes para a realização de campanhas e divulgando comíssios em época eleitoral. Gostaria apenas de deixar uma questão: o que incomoda mais a população, um músico tocando violão em um barzinho ou um carro de som dando inúmeras voltas na rua de sua casa, tocando a mesma música, durante 24hs, cantando o número de um candidato? Por que a Prefeitura não regulamenta melhor os ruídos emitidos nas campanhas eleitorais? Ou seja, nós, artistas, estamos pedindo pra classe que faz mais barulho quando quer ser ouvida, a classe política, que ela permita que o público possa prestigiar nossa manifestação artística. Isso é no mínimo controverso e curioso”, comenta Mário Barroso.
O vereador Rodrigo Nunes, que apoiou o movimento desde o início acredita que os músicos vão vencer essa batalha. "Acho muito importante esse tipo de manifestação, legítima e pacífica. Acredito que os músicos mostraram sua força, organização e articulação, já que o movimento teve grande repercussão em todo o país, tanto na imprensa como em blogs e sites da internet. Vou trabalhar para que a Câmara Municipal aprove essas emendas".


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